segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

tudo fitado
de olho inchado
chega o verão
passaporte tirado
adeus de antemão

fevereiro é mês de carnaval
juro terei uma solução genial

domingo, 28 de novembro de 2010

coração na mão
peito perdido
sem bussola
perdi as contas
9, 2, 7

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

É
morena
tá tudo bem
Sereno é quem tem
A paz
de estar
em par
com Deus

domingo, 24 de outubro de 2010

saudade daquele amor
que eu mesmo invento
e que eu mesmo fiz
que ele fosse embora com o vento.
Eu te queria tanto
durante tanto tempo
que você só percebeu
naquele pior momento.
Aqui em casa
chegou uma camisa
e nela estava escrito:
faça bom proveito, escrota.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Eu que sempre procurei Luciola
Descobri que gosto daqueles amores
suados de lençol sujo
Em agosto ela me deu um livro
do qual no gostei
E um amor
que jamais entendi

domingo, 17 de outubro de 2010

Vamos julgar o tempo
"Mas ele não tem culpa.
É ignorante."
Nós não fomos
nem formiga
nem alface.
Nós costumamos ser gente.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Você pisou no meu pé quando foi passar a roleta
Eu te xinguei

Você me empurrou quando foi sentar
Eu te belisquei

Mas quando você passou na minha frente pra descer
Eu te deu um chute na bunda
You hit me once, I hit you back
You gave a kick, I gave a slap
You smashed a plate over my head
Then I set fire to our bed

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ih
A semana voou
pela portinha da
gaiola.

Nesse calor

Se vou de calça
me arrependo de quente
Se vou de shortinho
me arrependo de peladinha.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fui escolher um pensamento
e adivinha,
só veio amor e vento.
Seu amor é aquele chocolate com castanha de caju.
Quando a gente morde sente um pouco salgado.
Seu amor não é tão doce
como eu queria que fosse.
Ainda bem que o chocolate ao leite me revigora.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

E ficou assim:
o dito pelo não dito
Maldito
Amor de paixão
Arroz com feijão

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Não!
Dorme mais.
Quando tocar o despertador te chamo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Meu coração de carnaval
Leva só 4 dias
Pra se desfazer da alegoria

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vamos nos perder no tempo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto
Fiz zum zum

malcriado

eu não marco toca
eu me jogo é no chão
esperneio e grito
até que me comprem um pirulito

vamos indo como podemos

O tríplice mistério do stop
Que eu passo por e sendo ele
No que fica em cada um

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Para saber o que
Multiplique sua vontade
por qualquer número que venha a cabeça
E divida pelo fator volátil
dos seus proprios sentimentos

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A água é o corpo
E corpo é aquilo que despejo na cama

sábado, 17 de julho de 2010

Solidao me ataca
novamente sei que ninguém vai cuidar de mim
que sempre serei só
companhias são passageiras
ou você aprende a viver com essas reviravoltas
ou padece de deseilusão e sofrimento.

sábado, 10 de julho de 2010

sob o céu e só

Se chorou saudade ao telefone
Foi um erro
Mas há de ser melhor
(em outra vida)
bastaria.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Entre grades há um céu
Ele chama para um vôo quente
Com ponto de partida nas velhas lembranças
Novas, nascentes para o próximo que vem
A grade faz sombra
Na luz que aponta vôo e mostra o chão
Deixaremos sombras
Para quem quiser sentir algo
Ou tentar vida nova.
Entre grades há um céu
Ele chama para um vôo quente
Com ponto de partido nas velhas lembranças
Novas, nascentes para o próximo que ainda vem
A grade faz sombra
Na luz que aponta vôo e mostra o chão
Deixaremos sombras
Para quem quiser sentir algo
Ou tentar vida nova.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A liberdade é assim:
Movimentação
Mas despedir dá febre.

segunda-feira, 5 de julho de 2010



Estamos todos à deriva
à deriva do que nosso coração pensar
à deriva no rumo que as vidas podem tomar
à deriva de todo imprevisto.
Todo norte pode mudar de rumo.

(Inspirado no filme À Deriva)

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece.
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A história do novo morador que velho ficou

O novo morador velho ficou
e lamentou a partida
de quem ainda nem as malas arrumou.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eu me perdi naquele outro
porque desamor não é vingança
é tempo que passa passa

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Fico pensando que ninguém se cura de nada nunca. E a dor são os poros por onde transpira a escrita. Tudo sobra em mim, e ao mesmo tempo não há nada em mim. Sofro de nada, e de ninguém.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

As coisas que quero
não têm peso,
massa,
ou volume,
nem ao menos aparência.
Não têm cheiro,
tamanho,
textura
ou cor.
Apesar disso,
têm um enorme valor.
A gente dorme,
a gente acorda,
a gente come.
tem gente que nem isso faz.
Quando escrevo me afirmo, quando falo ganho sentido, quando penso ganho corpo, meu corpo-palavra.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Tudo estava bem
Tudo estava em harmonia

Aí veio você

E alegrou ainda mais o dia.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Repetir
Repetir
E fazer tudo igual
Até ficar tudo diferente

terça-feira, 8 de junho de 2010

Distraídas Poesias

Quando a poesia vira imagem, som e corpo.


domingo, 16 de maio de 2010

Esteve com fome
Esteve gripado
Esteve arrependido
Esteve atrasado
Esteve com a calça suja
Não lavou
NÃO LAVOU
Reusou

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Eu não quero ser hermético
Eu não quero ser enformado
Quero você do meu lado
Em todas as palestras daqui pra frente

quarta-feira, 5 de maio de 2010

quando eu chego em casa nada me consola
você está sempre aflita
lágrimas nos olhos, de cortar cebola
você é tão bonita
Cada vez mais melancolia
Melancolia?
Nem me vi escrever esta palavra
Palavra Radiohead
Radiohead é bom
Melancolia é péssimo
Tenho vontades de vomitar e chorar minuto a minuto
Como se cada minuto fosse uma energia a mais para eu continuar melancolizando
22:22
Gol
Muitos gritos, nenhum fogo
22:23
Fogos. Muitos fogos
E muitos gritos ainda
O jogo acabou
E nada mudou na minha vida
Releio cartas e dedicatórias de livros
Olho pro alto
E penso no meu novo amor
Será que eu viajo em dezembro ou em janeiro?
Já conheço toda essa matéria
e ainda assim estou aqui
e ainda assim estou assim
Subo a ladeira olhando pra baixo
E durante os vastos intervalos
Leio um livro que não foi o que você me deu
meu sorriso de dentadura
alegra o redor
meu perfume de detergente
inunda a sala de estar
e minha vasta cabeleira
roça no seu queixo
te fazendo
grunir

terça-feira, 4 de maio de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Coração na mão
Peito como bússola
Vejamos...
1,2,3

domingo, 2 de maio de 2010

É preciso que ela morra de felicidade
Ou que mude de sapatos
É preciso que ela desabe sob as flores
Mude de cor
Je vais jouer au docteur
Chove chuva
Repaginada só
Debaixo de outro guarda-chuva

domingo, 11 de abril de 2010

céu atruísta

Solidária
Pessoa que avisa quando pratica altruísmo
Conta um rosário de idades que ainda lhe sobram
É cristã
Tem medo da morte (e há motivos para isso)
Ainda acredita que é candidata a morar no céu

mosca de gênero

Falas soltas
Procuro algum nexo nesse contexto discursivo interno
Extremamente individual
Abro a boca
Engulo doses soníferas repletas de enunciados
Será que ela deveria estar aqui?
Será que eu deveria estar lá?

quinta-feira, 4 de março de 2010

Estava tudo bem
Estava tudo em harmonia

Aí veio alguém

E fudeu todo nosso dia

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro, de passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho, de perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego
Medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ódio ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina, o medo é a medida da indecisão
Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de iludir
Medo de se arrepender, medo de deixar por fazer
Medo de se amar por aquilo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo! Que dá medo do medo que dá!

Lenine

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

de ônibus em ônibus se chega a um lugar
que certamete não é aquele que
melhor vai nos pagar
vastas lembranças passam
e pensamentos imperfeitos não se renovam
quando o que acordo vejo é seu rosto
sereno marcado pelo travesseiro
ontem eu olhei pra baixo e vi
escrito na sola do seu pé
que se você tivesse que caminhar
seria só pra me encontrar
na metade do caminho

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Poema de amor

O amor é coceira
Dentro do nariz
É esperar chegar
É esperar ir
O amor é dor no estômago
De ver sorrir
De ver mentir
O amor é vontade e desvontade
É acreditar e aguardar
É perder o ônibus e pegar um atalho
O amor dói e refresca
Dá vontade e preguiça
Cansa de errar
Gosta de acertar
Não deixa de acreditar
O amor é filme

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo

domingo, 10 de janeiro de 2010

Ela dança na sala vazia
Ela não tem ninguem que lhe convide um passo

Ela surfa nas nuvens no céu
Ela não tem ninguem que não tema afogar-se em felicidade

Ela canta a própria poesia
Ela não tem ninguém que entenda a melodia da voz

Ela dorma sozinha
Ela não tem ninguem que lhe caiba na mão
Aberto meu coração
cansado
ficou
qdo mais uma vez
te deixou partir
para
uma nova
Segunda-feira
de manhã
Tempo
Tempo
Mano
Velho
Falta
um tanto
Ainda
eu sei

Pra vc
Parar de me sacanear

E escorrer
Macio macio