quarta-feira, 30 de junho de 2010

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece.
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A história do novo morador que velho ficou

O novo morador velho ficou
e lamentou a partida
de quem ainda nem as malas arrumou.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eu me perdi naquele outro
porque desamor não é vingança
é tempo que passa passa

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Fico pensando que ninguém se cura de nada nunca. E a dor são os poros por onde transpira a escrita. Tudo sobra em mim, e ao mesmo tempo não há nada em mim. Sofro de nada, e de ninguém.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

As coisas que quero
não têm peso,
massa,
ou volume,
nem ao menos aparência.
Não têm cheiro,
tamanho,
textura
ou cor.
Apesar disso,
têm um enorme valor.
A gente dorme,
a gente acorda,
a gente come.
tem gente que nem isso faz.
Quando escrevo me afirmo, quando falo ganho sentido, quando penso ganho corpo, meu corpo-palavra.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Tudo estava bem
Tudo estava em harmonia

Aí veio você

E alegrou ainda mais o dia.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Repetir
Repetir
E fazer tudo igual
Até ficar tudo diferente

terça-feira, 8 de junho de 2010

Distraídas Poesias

Quando a poesia vira imagem, som e corpo.